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A Exclusão Digital

Foto do escritor: Luciano ArrudaLuciano Arruda

Olá, tudo bem por aí?


Cada dia mais a tecnologia avança em nosso dia a dia, isso é algo natural e ótimo, com tal fato ganhamos tempo que seria gasto em atividades como ir ao banco ou procurar um táxi, no entanto, existe um público muito numeroso em nosso país que acaba sendo excluído sumariamente dessa revolução.


Não sou nenhum expert em tecnologia, aliás sou péssimo com elas, porém sou capaz de acompanhar os avanços e utilizar os novos recursos, uma maioria das pessoas têm esse mesmo perfil e conseguem facilitar suas vidas.


Como sou especialista em lidar com dificuldades das pessoas, falaremos portanto, daqueles excluídos digitais, em especial dos idosos, e também dos infelizmente ainda muito numerosos no Brasil, os analfabetos.


Vou citar alguns exemplos de como essa exclusão digital afeta esse público, usarei exemplos de meu cotidiano, porém não é necessário muito esforço para perceber pessoas assim em nosso dia a dia.


Certo dia, tempos atrás, estava eu em uma agência bancária com intuito de realizar um depósito em um caixa eletrônico, quando educadamente uma senhora com seus setenta anos dirigiu-se até mim solicitando um favor; ela precisava sacar dinheiro e não sabia como fazer, e naquele instante não havia nenhum funcionário da instituição presente.


Bem constrangido aceitei ajudar a senhora, pontuei à ela que deveria estar acompanhada por um parente ou alguém de muita confiança e jamais pedir tal favor a um estranho, para sua sorte não sou mal intencionado, fiquei, no entanto, pensando sobre o tema por vários dias. Ela poderia ter tido sua conta bancária totalmente subtraída naquele momento.


Tempos depois fiquei pensando, porém, em quantas pessoas acabam não sofrendo golpes no dia a dia por não obterem o conhecimento necessário para o uso de tais tecnologias.


Outro exemplo muito próximo é dos meus pais, eles dependem totalmente de mim ou dos meus irmãos para se utilizarem das novas tecnologias, tais como realizar transações com aplicativos de bancos ou solicitar um carro de alguma empresa que também opere por meio de aplicativos.


Não é possível voltar atrás em nossas tecnologias, longe de mim querer algo assim, no entanto as empresas brasileiras de tecnologia precisam abrir os olhos para esse numero público, até porque são potenciais consumidores, e sempre que há consumidores há melhoras para todos, com a criação de empregos e o giro da economia.


Hoje até nosso Estado em suas iniciativas acaba excluindo parte da população, durante os momentos da pandemia por exemplo muitos usuários do auxílio emergencial pago pelo governo se viram obrigados a solicitar ajuda de familiares ou terceiros para realizar seus cadastros e receber o dinheiro.


E como nossos governantes pouco investem na educação de base, imagine se em algum momento pensarão nessas populações excluídas?


Existe ao meu ver no entanto uma luz no fim do túnel, se bem aproveitada pode sem dúvida ajudar a diminuir esse problema…os assistentes de voz.


Muitos dos excluídos digitais estão nessa situação por serem analfabetos, ou mesmo analfabetos funcionais, volto a lamentar, porém ainda existe um contingente imenso de cidadãos que somente sabem assinar o nome ou ler pequenas frases com muita dificuldade.


Por funcionarem por meio de comandos de voz, os assistentes podem ser ferramentas úteis para essa população excluída, falar é sempre muito mais fácil que digitar algo.


Espero que empresas e desenvolvedores nacionais comecem a olhar com mais carinho para tal público, criando soluções simples e compatíveis com voz e impressões digitais por exemplo, é um mercado amplo e também extremamente lucrativo a ser explorado.


Outras soluções podem vir a ser pensadas no futuro, no entanto, é complicado nesse momento saber que existem pessoas infelizmente incapazes de usar tecnologias simples e com isso sendo expostas ao constrangimento ou em pior escala diversos tipos de golpe.


Uma boa semana para você!


Escrito por Luciano Arruda, Psicólogo clínico, do esporte e organizacional, além de especialista em neuropsicologia, é fundador do Fluidez Mental e seu email é: luciano@fluidezmental.com.br






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