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Explicando a Depressão

Atualizado: 28 de jun. de 2020

O que você sabe sobre a depressão?

Antes de prosseguir, tente responder para si mesmo o que você sabe sobre esse assunto.


Então vamos lá…

Primeiramente é importante saber que depressão é um transtorno de “humor”.

Os sintomas de depressão afetam a maneira como a pessoa se sente, pensa e lida com atividades diárias, como dormir, comer ou trabalhar.


Depressão x Tristeza

Depressão é diferente de tristeza.

A tristeza é um sentimento comum que todos sentem em algum momento da vida, onde geralmente há um motivo (exemplo: traição, perdas, etc), a reação é culturalmente proporcional ao motivo (exemplo: seria natural sentir tristeza extrema pelo luto por um filho, ou uma moça estuprada ficar muito abalada por semanas ou meses, onde geralmente há menor prejuízo em outros aspectos, por exemplo, continuar sendo produtivo nos outros aspectos de sua vida. Também a melhora é gradual.

Já a depressão é uma doença onde afeta três aspectos: o físico, o psicológico e o social.


O que ocorre com frequência

Geralmente, são as crises depressivas que levam a pessoa ao consultório, pois é o aspecto mais visível para a família perceber que tem algo errado com ela.


Vamos ver se faz sentido?

Os sintomas e dores emocionais são invisíveis para as pessoas que convivem com o indivíduo com depressão e quando eles se materializam em forma de comportamentos disfuncionais, infelizmente não causam empatia e nem solidariedade por essas pessoas.

Será?


Exemplo


Se uma pessoa quebra o pé por exemplo, e ela esmurra as paredes, xinga tudo e todos que estão a sua volta de dor, todos compreendem perfeitamente porque conseguem ter empatia a esse tipo de dor.

Já quando as crises depressivas se manifestam, causam muitos prejuízos, tanto funcionais no dia a dia quanto relacionais e físicas, e ninguém está preparado para lidar com elas. A família se irrita e muitas vezes se desespera.


Questões psicológicas envolvidas


As pessoas não são iguais, portanto, a maneira como a pessoa "interpreta os fatos", está relacionado à personalidade, experiências, inteligência, traumas, crenças, filosofias e todos os fatores que definem nossa consciência e modo de pensar.


Segundo o DSM-5 existem 9 tipos de depressão


Transtorno afetivo sazonal (durante os meses de inverno).


Distúrbio Disfórico Menstrual (super TPM).


Distimia ou Transtorno ou depressivo persistente (doença do mau humor e negativismo presente por mais de 2 anos).


Transtorno Depressivo Maior (5 ou mais sintomas por 2 semanas ou mais).


Sintomas comuns da Depressão


Humor deprimido ou irritabilidade, ansiedade e angústia

Alteração no sono (insônia ou hipersonia) e apetite.

Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas.

Desinteresse, falta de motivação e apatia.

Sentimentos de medo, ansiedade, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio.


Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença, morte ou luto.

Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom “cinzento” para si, os outros e o seu mundo.

Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento.


Será que é frescura?


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 12 milhões de brasileiros sofrem com a depressão. Pelo mundo, são quase 300 milhões de pessoas, números que fizeram a OMS chamar a doença de "mal do século".


A depressão é uma das doenças que mais afasta pessoas do mercado de trabalho.

75,3 mil trabalhadores brasileiros foram afastados de suas atividades por causa da depressão, em 2016, com direito a recebimento de auxílio-doença em casos episódicos ou recorrentes.


A depressão:


É um dos transtornos mentais mais comuns do mundo.


Pode acontecer em qualquer idade mas muitas vezes começa na idade adulta.


E pode afetar qualquer pessoa, até mesmo uma pessoa que parece viver em circunstâncias relativamente ideais.


Importante também saber


Ela não é um vírus, ela se desenvolve na pessoa e só espera um ambiente favorável para se manifestar.


Contribuição para o quadro depressivo


Fibromialgia e/ou dores crônicas;


Outros transtornos psiquiátricos;


Estresse emocional e ansiedade crônicos;


Problemas de disfunção hormonal ou na tireóide;


Excesso de peso, sedentarismo e dieta desregrada;


Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas);


Uso excessivo de internet e redes sociais;


Traumas físicos ou psicológicos, experiências de violência doméstica ou abuso;


Separação conjugal, perda de emprego, desemprego por tempo prolongado ou a perda de uma pessoa querida;


É importante para o paciente saber do diagnóstico?

Imagine...

Um médico poderia esconder de seu paciente que tem câncer?

Quanto mais soubermos sobre a doença, menos ansiosos nos sentiremos, na medida do possível.

Além disso, a chance de maior sucesso no tratamento é indiscutível.


Tratamento


Mais de 80% das pessoas reagem bem ao tratamento.

O tratamento da depressão geralmente inclui o uso de medicamentos e a realização de psicoterapia concomitantemente.


Tempo de ação da medicação


Os antidepressivos levam tempo.

Sintomas como sono, apetite e problemas de concentração melhoram primeiro do que o humor deprimido. Por isso é importante dar uma chance e tempo para a medicação, antes de chegar a uma conclusão sobre a sua eficácia.


Atenção


Não tome medicamentos sem orientação médica e nem interrompa o tratamento sem consultar o seu psiquiatra.


Parar com a medicação


Quando você e seu psiquiatra decidirem que é hora de parar a medicação, geralmente após um período de 6 a 12 meses, o médico irá ajudá-lo lenta e seguramente a diminuir sua dose.


O que é importante evitar ao lidar com alguém com depressão?


Não se utilize de frases como:


É frescura! Tem tudo e ainda reclama!

Para de mimimi...se tivesse fé em Jesus não ficava deprimido.

Queria ver se você estivesse passando fome na favela!

Você tem tudo, uma vida muito boa!

Existem pessoas com problemas maiores!

Ser feliz é uma escolha!

Você está querendo chamar a atenção!

Você já tentou mudar?

Eu não te faço feliz?

Você precisa se ajudar!!

É só uma fase.

É só você não pensar nisso.


Por vezes, por ignorância, ou por falta de empatia.

Já está muito difícil, não piore a situação!

Não pense que é preguiça! Ou falta de esforço da parte da pessoa com depressão.

Não tente consertá-lo.


Prevenção


50% Das pessoas que têm um episódio de depressão irão ter recaídas.

O risco de recaída pode variar, dependendo da gravidade dos sintomas e do histórico familiar.


Como evitar recaída?


Tente ser ativo e praticar exercício físico;

Definir metas realistas para si mesmo;

Tente passar tempo com outras pessoas e converse com um amigo ou parente de confiança;

Tente não se isolar e deixe que os outros o ajudem;

Adiar decisões importantes, como se casar ou se divorciar, ou mudar de emprego até que você se sinta melhor;

Tente ser ativo e praticar exercício físico;

Definir metas realistas para si mesmo;

Tente passar tempo com outras pessoas e converse com um amigo ou parente de confiança;


Tente não se isolar e deixe que os outros o ajudem;


Adiar decisões importantes, como se casar ou se divorciar, ou mudar de emprego até que você se sinta melhor;


Cultive a gratidão


A gratidão cria emoções positivas, como alegria, amor e contentamento, que colaboram para minimizar sensações negativas, como a ansiedade. Promover a gratidão também pode ampliar seu modo de pensar e criar ciclos positivos de pensamento e comportamento de maneira saudável.


Escrito por Amanda Minello, Psicóloga seu contato é: psicologa_minello@hotmail.com


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