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Foto do escritorFluidez Mental

Entrevista: Ricardo Batalha (Jornalista, Assessor de Imprensa, Youtuber...)

É com imenso orgulho que apresentamos nosso convidado especial para a entrevista de hoje, o grande Ricardo Batalha.


Você que acompanha nosso site e gosta de Heavy Metal/ Rock com certeza conhece pelo menos um pouquinho do vasto trabalho realizado por ele, mas para aqueles visitantes não adeptos ao estilo cabe uma apresentação.


Formado em Direito, Batalha tem uma ampla carreira no jornalismo musical sendo Redator Chefe da Roadie Crew, uma das maiores revistas especializadas em Heavy Metal do mundo, é um dos diretores da Ase Press, assessoria de imprensa voltada para bandas do segmento da música pesada, apresentador e dono de canais do Youtube e redator do site https://panoramaaudiovisual.com.br/.


Então espero que curtam esse nosso bate-papo com o Batalha.


Fluidez Mental: Fale-nos um pouco sobre sua trajetória profissional.


Ricardo Batalha: Para entrar no meio do heavy metal, que curto desde 1979,

quando tinha 10 anos de idade, fazia filmagens de shows em VHS em meados

dos anos 1980. Algumas destas estão em documentários de bandas, como

Dorsal Atlântica, Ratos de Porão, Vulcano, Korzus e Viper, além do "Brasil

Heavy Metal" e outros. Atuei em diversas áreas, seja tocando bateria, fazendo

shows, gravando, compondo, como também sendo roadie. Além disso, editei

fanzines (Deathcore e Silent Rage), fiz parte de programas de rádio, de

televisão e escrevo há muito tempo em jornais, revistas e sites, além de estar

também no programa RMH, no YouTube. Como sempre gostei de escrever,

especialmente sobre música, posso dizer que o meu maior sonho foi realizado

com a Roadie Crew. Por este lado, sou totalmente realizado, pois trabalho com

o que sempre sonhei fazer, apesar de também ser formado em Direito.


F M: Quais são as maiores dificuldades encontradas por um jornalista especializado

em Heavy Metal?


R B: Todas pessoas, todas mesmo, só falam das dificuldades, dos problemas, das

coisas negativas. Porém, antes era muito mais complicado. Ainda assim, até

hoje não enxergam jornalistas que trabalham com música pesada da forma

correta. Além disso, qualquer um hoje se considera especialista. Muitos têm

boas intenções, mas acabam emperrando nos mesmos problemas. Eu não falo

só por mim, mas por todos que atuam neste meio. Sei que muita gente que

inicia os trabalhos, com intenção de fazer algo mais profissional e sério,

também sofre com isso, porque existe, sim, casos de pessoas que montaram

sites, mas só queriam mesmo saber de receber CDs de graça e ir a shows sem

pagar. Quem pensa só com cabeça de fã não trabalha bem! Ainda assim,

colocam todo mundo no mesmo bolo e, infelizmente, ainda há a mentalidade

de que se trata de um 'fã que quer entrar de graça no show'. Porém, você tem

que mirar alto e procurar evoluir sempre. São muitos fatores, variáveis, mas

não vamos baixar a cabeça.


F M: Quem são suas grandes influências tanto na sua vida quanto no jornalismo?


R B: Nunca pensei nisso, mas agradeço sempre ao Tony Iommi por ter me colocado

nesse mundo do heavy metal (risos). Tenho profissionais que admiro em

muitas áreas e pelas mais variadas qualidades. Porém, prezo por pessoas que

tenham personalidade. Penso que isso é fundamental!


F M: Quais dicas você daria para quem está pensando em ser jornalista musical,

especialmente dentro do Metal e Classic Rock?


R B: Que tenha foco, interesse e estude o meio. Seja o mais criterioso possível, leia

o texto antes de publicá-lo e se prepare para uma enxurrada de críticas e

pedidos. Se você quer isto, como eu sempre quis na vida, vá atrás. Ainda

assim, saiba que ninguém obtém êxito sozinho. Procure se cercar de pessoas

certas, focadas e com o mesmo interesse. Já vi muita gente boa desistir no

meio do caminho. Primeiro, porque ela tem um emprego formal, em horário

regular, e isso consome muito tempo. Aí, ela acaba se dando conta de que o

'hobby' está atrapalhando a sua vida profissional e desiste, porque o retorno

imediato não existe.


F M: Qual o seu maior orgulho, profissional e pessoal?


R B: Ter realizado um sonho de criança. Quando tinha doze ou treze anos estava

com meu falecido pai, advogado conceituado na área do Direito Comercial, em

uma gráfica, que passava por dificuldades e estudava a possibilidade de entrar

com pedido de Concordata Preventiva, hoje conhecido como instituto da

recuperação judicial, pela Lei de Falências. O dono era um cara legal e

naquela reunião me perguntou o que mais queria fazer na vida. Respondi que

queria fazer uma revista. Ele me deu uma espécie de boneco e pediu que eu

rabiscasse o meu projeto. A capa da revista imaginária seria o Black Sabbath.

Anos depois, me formei em Direito, mas fui atrás do que sempre quis. Depois

que meu pai faleceu, resolvi largar a advocacia. A primeira coisa que fiz após

deixar a advocacia foi ser roadie do Angra e desde 1996 sou redator-chefe da

revista Roadie Crew. Sinto-me um afortunado por isso e contarei, com mais

detalhes, todas estas histórias em um livro que estou finalizando.


F M: Já deu alguma “barrigada”? (Dentro do jornalismo, termo referente a publicar alguma informação incorreta)


R B: Divulgar informação equivocada pode acontecer. Acredito que na revista, como

é especializada e checamos bem as coisas antes, ocorreram somente erros

não tão graves, como em legendas de fotos e de passar alguma coisa na

revisão, mas nada a ponto de colocar em xeque a publicação. Já errei nomes

de músicos, de datas, coisas assim.


F M: Fora do universo da música você tem hobbies? Quais são?


R B: Não sou colecionador de nada, mas trabalho com um dos hobbies de muita

gente: música (risos). Além de sair, algo que não estamos podendo nesses

tempos de pandemia, gosto de ler, assistir séries, filmes, documentários e

programas de TV, além de esportes como basquetebol, futebol, fórmula-1 e

boxe. O resto tem tudo a ver com música. Não consigo me imaginar sem a

música na minha vida. Inclua aí tudo que puder imaginar, porque quando estou

sem fazer nada eu logo crio alguma playlist ou saio caçando bandas que ainda

não conheço. Adoro pesquisar!


F M: Como você cuida de sua saúde mental? Já se consultou com Psicólogo

alguma vez? O que achou?


R B: Cuidar da saúde mental em tempos de pandemia é algo complicado para todo

mundo, não é mesmo? Mas, sim, já fiz terapia em algumas épocas da minha

vida e isso ajudou muito, especialmente quando tive depressão.


F M: Como a sua atividade ajuda na saúde mental das pessoas?


R B: Como disse, eu trabalho com o hobby das pessoas e sinto um tremendo

orgulho de ser reconhecido por entreter, divertir e passar conhecimento para

quem gosta das mesmas coisas que eu na música.

F M: Diga uma curiosidade sobre você.


R B: Brasileiro em geral é fã de Iron Maiden, Ayrton Senna e Mike Tyson, mas

prefiro Judas Priest, Nelson Piquet e Muhammad Ali (risos). E sinto muito mais

falta de jogar basquetebol do que tocar bateria. Além disso, como moro sozinho, sei fazer vários pratos, mas nada que vá me fazer ser selecionado

pelo Henrique Fogaça para o Masterchef (risos).


F M: E quais são seus projetos futuros?


R B: Lançar o meu livro, que está quase pronto e terá histórias e crônicas da minha

vida entrelaçadas com fatos do heavy metal brasileiro; manter a Roadie Crew

viva; e evoluir com o canal RMH, ao lado de Carlos Chiaroni e Eduardo

Lucena. Além disso, também pretendo, após a pandemia, soltar coisas no meu

próprio canal do YouTube.


Espero que tenham gostado dessa entrevista super especial, e para entrar em contato com o Batalha os (muitos) links estão aqui:



Entrevista realizada por Luciano Arruda, Psicólogo e fundador do Fluidez Mental, seu contato é: luciano@fluidezmental.com.br



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